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O estouro da bolha da IA e o desafio de um futuro incerto

Recentemente, durante um evento de varejo do Fórum E-commerce Brasil, em São Paulo, foi discutido o impacto da inteligência artificial generativa (IAG) e suas consequências. Um dos pontos principais abordados foi a possibilidade de uma grande bolha econômica envolvendo investimentos em IA estar prestes a estourar. Especialistas destacaram que essa bolha, que alcança quase 1 trilhão de dólares, poderia causar uma queda significativa nas bolsas de valores globais.

Pouco tempo depois, essa previsão começou a se concretizar quando as bolsas de valores ao redor do mundo sofreram perdas expressivas. Parte dessa queda foi atribuída à desaceleração da economia americana, mas a crescente preocupação com os retornos financeiros incertos da IA generativa também teve um papel importante.

Estudos recentes indicam que a tecnologia por trás da IA generativa, como os modelos de linguagem ampla (LLMs) utilizados em aplicativos como o Chat-GPT, pode estar enfrentando um problema sério. Pesquisadores apontam que, à medida que esses modelos utilizam dados gerados por versões anteriores para treinar novas gerações, eles podem entrar em um processo degenerativo chamado “colapso”. Esse fenômeno ocorre quando os modelos começam a se distanciar dos dados reais, o que pode levar à perda de precisão e utilidade.

Esse cenário levanta preocupações significativas para o futuro da IA. Caso essas tecnologias se tornem dominantes em diversas atividades humanas, corremos o risco de viver em um futuro onde nada novo é criado, apenas reproduzido a partir de dados antigos. Além disso, a falta de transparência nos processos de “deep learning”, fundamentais para essas tecnologias, impede uma auditoria clara sobre como os resultados são gerados.

Em resumo, o futuro da inteligência artificial, que já foi visto como uma revolução inevitável, está sendo questionado. Há um temor crescente de que a dependência excessiva de IA possa comprometer a inovação e a originalidade, características que sempre foram fundamentais para o progresso humano.

Nota: Este artigo foi baseado no texto de Miguel Nicolelis publicado na Revista Forbes.

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